Mudanças entre as edições de "Francisco Cavalcânti Mangabeira"
(Uma revisão intermediária por um outro usuário não está sendo mostrada) | |||
Linha 5: | Linha 5: | ||
|nomepai=Francisco Calvacanti Mangabeira | |nomepai=Francisco Calvacanti Mangabeira | ||
|nomemae=Augusta Mangabeira | |nomemae=Augusta Mangabeira | ||
− | |dtnasc= | + | |dtnasc=1879/02/08 |
|cidnasc=Salvador | |cidnasc=Salvador | ||
+ | |estnasc=Bahia | ||
|paisnasc=Brasil | |paisnasc=Brasil | ||
− | |dtobito= | + | |dtobito=1904/01/27 |
|cidobito=Salvador | |cidobito=Salvador | ||
+ | |estobito=Bahia | ||
|paisobito=Brasil | |paisobito=Brasil | ||
|ultformaacadespec=Médico | |ultformaacadespec=Médico | ||
|ultinstacadforma=Faculdade de Medicina da Bahia, Universidade Federal da Bahia. | |ultinstacadforma=Faculdade de Medicina da Bahia, Universidade Federal da Bahia. | ||
|dtconc=1897 | |dtconc=1897 | ||
− | |biog=O médico nasceu em uma ilustre família baiana, irmão do político e acadêmico da Academia de Letras da Bahia, Octavio Mangabeira, que foi inclusive governador do estado. Ainda como estudante, engajou-se nas fileiras do Exército republicano e marchou para Canudos onde prestou serviço médico nos hospitais de sangue improvisados empenhado em salvar vidas e minorar os sofrimentos dos homens grave ou mortalmente feridos. Diplomado pela Faculdade de Medicina da Bahia em sua curta e abnegada existência, Mangabeira foi aclamado grande poeta por Múcio Teixeira por causa do seu primeiro livro Solaus. Já segundo livro Carlos Fernandes reconhecendo-lhe, o valor que negava a Múcio. Francisco Mangabeira estreou muito jovem com seu Hostiário, em 1898, aos 19 anos. O livro é de um decadismo flagrante, e adota como técnica uniforme o uso do verso de 9 silabas ou deste e seu quebrado de 4 sílabas, o que lhe confere certa monotonia, apesar da expressão ser notável para tão verdes anos, como de resto sucederia com outros simbolistas, como C. Tavares Bastos e Castro Meneses. Posteriormente, Mangabeira publicaria Tragédia Épica, sobre episódios de Canudos, de cuja campanha participou, servindo como estudante de Medicina nos hospitais de sangue. Os dois livros, e mais Últimas Poesias (constituído pelos esparsos que deixou) foram reunidos em Poesias. Últimas Poesias não ostentam a dicção simbolista do primeiro livro; contém versos escritos desde os 14 anos do Poeta, muito anteriores a Hostiário, donde por vezes ter traços até românticos. Uma das estranhas poesias do volume é "Otelo", composição delirante e febril. Seguiu para o Maranhão, contratado pela Companhia Maranhense, mas depois de poucos meses dirigiu-se para o Amazonas, onde recebeu várias comissões do governo, no desempenho das quais esteve nas regiões dos Rios Juruá, Javari, Madeira, Negro e Purus. Depois de ter estado em férias na Bahia, de 24 de outubro de 1902 até 2 de abril de 1903, serviu gratuitamente, como médico, o 40.° Batalhão de Infantaria, no Acre. Enfermou depois, tão gravemente que retornou a Manaus, donde embarcou para a Bahia, com o diagnóstico de "polinevrite palustre". | + | |biog=O médico nasceu em uma ilustre família baiana, irmão do político e acadêmico da Academia de Letras da Bahia, Octavio Mangabeira, que foi inclusive governador do estado. Ainda como estudante, engajou-se nas fileiras do Exército republicano e marchou para Canudos onde prestou serviço médico nos hospitais de sangue improvisados empenhado em salvar vidas e minorar os sofrimentos dos homens grave ou mortalmente feridos. Diplomado pela Faculdade de Medicina da Bahia em sua curta e abnegada existência, Mangabeira foi aclamado grande poeta por Múcio Teixeira por causa do seu primeiro livro Solaus. Já segundo livro Carlos Fernandes reconhecendo-lhe, o valor que negava a Múcio. Francisco Mangabeira estreou muito jovem com seu Hostiário, em 1898, aos 19 anos. O livro é de um decadismo flagrante, e adota como técnica uniforme o uso do verso de 9 silabas ou deste e seu quebrado de 4 sílabas, o que lhe confere certa monotonia, apesar da expressão ser notável para tão verdes anos, como de resto sucederia com outros simbolistas, como C. Tavares Bastos e Castro Meneses. Posteriormente, Mangabeira publicaria Tragédia Épica, sobre episódios de Canudos, de cuja campanha participou, servindo como estudante de Medicina nos hospitais de sangue. Os dois livros, e mais Últimas Poesias (constituído pelos esparsos que deixou) foram reunidos em Poesias. Últimas Poesias não ostentam a dicção simbolista do primeiro livro; contém versos escritos desde os 14 anos do Poeta, muito anteriores a Hostiário, donde por vezes ter traços até românticos. Uma das estranhas poesias do volume é "Otelo", composição delirante e febril. Seguiu para o Maranhão, contratado pela Companhia Maranhense, mas depois de poucos meses dirigiu-se para o Amazonas, onde recebeu várias comissões do governo, no desempenho das quais esteve nas regiões dos Rios Juruá, Javari, Madeira, Negro e Purus. Depois de ter estado em férias na Bahia, de 24 de outubro de 1902 até 2 de abril de 1903, serviu gratuitamente, como médico, o 40.° Batalhão de Infantaria, no Acre. Enfermou depois, tão gravemente que retornou a Manaus, donde embarcou para a Bahia, com o diagnóstico de "polinevrite palustre". |
|prodcult=-Publicou Hostiário, poemas simbolistas, 1898- Páginas Íntimas (prosa) 1900- Ihalmo 1902- Cartas do Amazonas 1903 para o Diário de Notícias de Salvador.- Últimas Poesias 1906 - Hino do Estado do Acre, 1903 - Livro Solaus- Tragédia Épica, 1900- Poesias do volume "Otelo, 1908. | |prodcult=-Publicou Hostiário, poemas simbolistas, 1898- Páginas Íntimas (prosa) 1900- Ihalmo 1902- Cartas do Amazonas 1903 para o Diário de Notícias de Salvador.- Últimas Poesias 1906 - Hino do Estado do Acre, 1903 - Livro Solaus- Tragédia Épica, 1900- Poesias do volume "Otelo, 1908. | ||
− | |||
|obs=http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Mangabeira_(poeta)http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/bahia/francisco_mangabeira.html | |obs=http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Mangabeira_(poeta)http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/bahia/francisco_mangabeira.html | ||
|fontpesq=Levantamento nominal dos formados de 1812 a 2008 da Faculdade de Medicina da Bahia UFBA. | |fontpesq=Levantamento nominal dos formados de 1812 a 2008 da Faculdade de Medicina da Bahia UFBA. | ||
}} | }} |
Edição atual tal como às 12h15min de 25 de janeiro de 2020
Controle:: 794
Foto::
Legenda::
Nome:: Francisco Cavalcânti Mangabeira
Outros Nomes:: Mangabeira
Nome do Pai:: Francisco Calvacanti Mangabeira
Nome da Mãe:: Augusta Mangabeira
Data de Nascimento: 1879/02/08
Cidade de Nascimento:: Salvador
Estado de Nascimento:: Bahia
País de Nascimento:: Brasil
Data do Óbito:: 1904/01/27
Cidade do Óbito:: Salvador
Estado do Óbito:: Bahia
País do Óbito:: Brasil
Última Formação Acadêmica / Especialização:: Médico
Última Instituição Acadêmica da Formação:: Faculdade de Medicina da Bahia, Universidade Federal da Bahia.
Data de Conclusão:: 1897
Biografia:: O médico nasceu em uma ilustre família baiana, irmão do político e acadêmico da Academia de Letras da Bahia, Octavio Mangabeira, que foi inclusive governador do estado. Ainda como estudante, engajou-se nas fileiras do Exército republicano e marchou para Canudos onde prestou serviço médico nos hospitais de sangue improvisados empenhado em salvar vidas e minorar os sofrimentos dos homens grave ou mortalmente feridos. Diplomado pela Faculdade de Medicina da Bahia em sua curta e abnegada existência, Mangabeira foi aclamado grande poeta por Múcio Teixeira por causa do seu primeiro livro Solaus. Já segundo livro Carlos Fernandes reconhecendo-lhe, o valor que negava a Múcio. Francisco Mangabeira estreou muito jovem com seu Hostiário, em 1898, aos 19 anos. O livro é de um decadismo flagrante, e adota como técnica uniforme o uso do verso de 9 silabas ou deste e seu quebrado de 4 sílabas, o que lhe confere certa monotonia, apesar da expressão ser notável para tão verdes anos, como de resto sucederia com outros simbolistas, como C. Tavares Bastos e Castro Meneses. Posteriormente, Mangabeira publicaria Tragédia Épica, sobre episódios de Canudos, de cuja campanha participou, servindo como estudante de Medicina nos hospitais de sangue. Os dois livros, e mais Últimas Poesias (constituído pelos esparsos que deixou) foram reunidos em Poesias. Últimas Poesias não ostentam a dicção simbolista do primeiro livro; contém versos escritos desde os 14 anos do Poeta, muito anteriores a Hostiário, donde por vezes ter traços até românticos. Uma das estranhas poesias do volume é "Otelo", composição delirante e febril. Seguiu para o Maranhão, contratado pela Companhia Maranhense, mas depois de poucos meses dirigiu-se para o Amazonas, onde recebeu várias comissões do governo, no desempenho das quais esteve nas regiões dos Rios Juruá, Javari, Madeira, Negro e Purus. Depois de ter estado em férias na Bahia, de 24 de outubro de 1902 até 2 de abril de 1903, serviu gratuitamente, como médico, o 40.° Batalhão de Infantaria, no Acre. Enfermou depois, tão gravemente que retornou a Manaus, donde embarcou para a Bahia, com o diagnóstico de "polinevrite palustre".
Produções Culturais:: -Publicou Hostiário, poemas simbolistas, 1898- Páginas Íntimas (prosa) 1900- Ihalmo 1902- Cartas do Amazonas 1903 para o Diário de Notícias de Salvador.- Últimas Poesias 1906 - Hino do Estado do Acre, 1903 - Livro Solaus- Tragédia Épica, 1900- Poesias do volume "Otelo, 1908.
Instituições de Custódia (Mantenedoras do Acervo)::
Fontes de Pesquisa:: Levantamento nominal dos formados de 1812 a 2008 da Faculdade de Medicina da Bahia UFBA.
Sumário: Francisco Cavalcânti Mangabeira