Mudanças entre as edições de "Alfredo Thomé de Britto"

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Controle:: 723

Foto::

Legenda::

Nome:: Alfredo Thomé de Britto

Outros Nomes::

Nome do Pai:: Domingos José de Britto

Nome da Mãe:: Joanna Maria da Salvação Vianna

Data de Nascimento: 21.12.1863

Cidade de Nascimento:: Salvador

Estado de Nascimento::

País de Nascimento:: Brasil

Data do Óbito:: 13.05.1909

Cidade do Óbito:: Itaparica

Estado do Óbito::

País do Óbito:: Brasil

Última Formação Acadêmica / Especialização:: Clínica Médico-Cirurgica

Última Instituição Acadêmica da Formação:: Faculdade de Medicina da Bahia,Universidade Federal da Bahia.

Data de Conclusão:: 99.99.99
A data “99.99.99” não foi compreendida.

Biografia:: Diplomado pela Faculdade de Medicina da Bahia, Alfredo Britto foi interno, mediante concurso, de clínica cirúrgica; Adjunto da primeira cadeira de clínica médica, também por concurso; lente substituto da sétima seção; lente catedrático de clínica propedêutica (1893 a 1909); diretor da Faculdade de Medicina (1901 a 1908). Sua primeira publicação de trabalhos científicos se deu em 1884, ainda quando estudante: “Ação terapêutica do ferro e seus compostos”, publicada na Revista de Beneficência Acadêmica. A sua tese inaugural, em 1885, versava sobre “A cremação e a inumação perante a higiene”. No mesmo ano, foi instalado o “Posto Médico-Cirurgica da Bahia”, para “prestar, sob a direção dos Drs. Agrippino Dorea, Anísio de Carvalho, Bráulio Pereira, Alfredo Britto e João Lopes, todos os serviços de medicina, cirurgia e obstetrícia”. Estava o Posto Médico estabelecido na “Praça do Palácio”, ponto mais central da cidade, em escritório ligado as casas de residência dos facultativos por meio de linhas telefônicas e no qual se acham sempre médicos, a qualquer hora do dia ou da noite, para dar consultas e atender a chamados”. Sua extensa bibliografia, formada por aproximadamente 37 outros trabalhos, é extraordinariamente rica em conteúdo médico-científico. Poder-se-ia citar: “Apoplexia histérica”; “Ligeiras considerações a propósito de um caso de hematidrose histérica”; “Freqüência dos aneurismas da aorta na Bahia”; “Cremação dos cadáveres”; “Ensaio crítico sobre os principais processos de cardiometria clínica”. “Tese para concurso, em 1893; “Aneurismas da aorta na Bahia” (Resposta ao Dr. Nina Rodrigues)”; “Os raios X em medicina e cirurgia; Seu valor clínico atual (1897-1898)”; “Memória Histórica apresentada à Faculdade de Medicina da Bahia em 1900”; “Faculdade de Medicina da Bahia – seus melhoramentos e progressos”; “Projeto de criação de Universidades no Brasil”. O Dr. Alfredo Britto, foi o primeiro a empregar, no Brasil, a radioscopia para o diagnostico em cirurgia. Em agosto de 1895, o Dr. Alfredo Britto anunciava na gazeta “Estado da Bahia”: “Clínica Medico-Cirurgica do Dr. Alfredo Britto – a Rua Carlos Gomes n. 61 – Chamado a qualquer hora – Consultas de 1 ás 2 horas da tarde. Telephone – 71”. Na qualidade de presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia, interferiu à Casa da Santa Misericórdia no sentido de se destinar “duas salas convenientes” aos tuberculosos, atendidos no Hospital Santa Isabel, mediante ofício de 16 de dezembro de 1895. Em 1896, embarcou para Lisboa no vapor francês “La Plata”, com destino a Bordeaux, com escalas, zarpando o “steamer”. Esta viagem ao Velho Mundo teve extraordinária importância histórica e científica para a Bahia e para o País, uma vez que, no seu retorno em 1897, o renomado médico instalou o primeiro aparelho de raio-x na cadeira de Propedêutica Médica, da qual era catedrático, funcionando o novo equipamento no Hospital Santa Isabel, o qual foi utilizado, pela vez primeira, em cirurgia de guerra, na epopéia de Canudos. Foi o Professor Alfredo Britto quem primeiro diagnosticou apendicites entre nós, no ano de 1898, ao atender um segundoanista de medicina, de família de Serrinha, operado pelo Professor Antonio Pacheco Mendes, o cirurgião que fez a primeira apendicectomia na Bahia, no jovem estudante. Já funcionava em julho de 1899, o “Consultório Clínico e Gabinete de eletricidade medica e raios X”, dos Drs. Alfredo Britto e Vieira Lima, na Rua da Misericórdia, n. 24, de 1 ás 4 horas”, quando anunciava as “Ultimas applicações dos raios Roentgen ao diagnostico e tratamento das moléstias em medicina e cirurgia”. Em 1902, como diretor da Faculdade de Medicina Alfredo Britto, criou uma comissão composta dos professores Tillemont Fontes, Nina Rodrigues e Pacífico Pereira, à qual, mais tarde, incorporou-se o professor Pinto de Carvalho, para organizarem o serviço clínico de psiquiatria, promovendo-se a construção de um pavilhão especial, no Asilo S. João de Deus. Anos mais tarde, sob a direção do Dr. Eutychio Leal, o dito pavilhão tomou o nome de Pavilhão Alfredo Britto. Em 1903, estipulou que “por conta e sob a direção e fiscalização da diretoria da Faculdade de Medicina, seria feita a construção dos pavilhões necessários para o serviço de clínica obstétrica, no terreno já adquirido para a instalação da maternidade, nas vizinhanças do Hospital, pela Santa Casa. “Sendo o serviço da clínica obstétrica ou da maternidade custeado pela Santa Casa desde a conclusão das obras”. Numa das paredes externas da “Climério de Oliveira”, uma placa de mármore mostra que o edifício foi iniciado em 1903, sendo Presidente da República, o Dr. Francisco de Paula Rodrigues Alves, Ministro do Interior. Dr. José Joaquim Seabra, Diretor da Faculdade de Medicina, Dr. Alfredo Britto. Em 1905, contratou com a casa Guinle &C., desta praça, o fornecimento e a instalação de todo o material destinado à sala de hidro-eletroterapia para ser instalado na antiga enfermaria de tuberculosos do Hospital Santa Isabel. Ao lado desse hospital, determinou o diretor Alfredo Britto à construção de um edifício, por ele planejado, e inaugurado a 21 de maio de 1906, com o nome de Instituto Clínico, onde foi montado nas clínicas nele funcionando, um gabinete equipado para a realização de exames, pesquisas e trabalhos práticos. Em1908 realizou-se no Salão Nobre da Faculdade de Medicina a cerimônia da fundação da Sociedade de Medicina da Bahia, sendo proclamado seu presidente o ex-diretor Dr. Alfredo Britto. Foi o 2º Secretário da Liga Bahiana contra a Tuberculose, fundada por Ramiro de Azevedo em 22 de julho de 1900, no mesmo Salão Nobre da Faculdade. Presidiu o 6º Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia, reunido em São Paulo, em setembro de 1907. Firmou o primeiro convênio entre o Estado da Bahia e a União, esta por ele representada como diretor da Faculdade, em 31 de dezembro de 1907, sobre o funcionamento do Serviço Médico Legal da Polícia, que passou a ser feito no Pavilhão de Medicina Legal (Instituto “Nina Rodrigues”), por ele construído. Tendo sido honrado pela comissão organizadora do 4º Congresso Médico Latino Americano, realizado no Rio de Janeiro, de 1º a 8 de agosto de 1908, com a nomeação do seu representante direto no Estado da Bahia, foi Alfredo Britto indicado presidente, com atribuições para organizar e presidir o comitê regional de propaganda do mesmo Congresso. É patrono da cadeira nº 32 do Instituto Bahiano de História da Medicina, fundado em 29 de novembro de 1946. Na Academia de Letras da Bahia e na Academia de Medicina da Bahia é padrinho das cadeiras de números 38 e 02, respectivamente. Com o incêndio que ocorreu em1905, na Faculdade de Medicina da Bahia destruindo um acervo considerável existente no período foi um golpe inesperado para os estudiosos da época. Em 2 de setembro de 1905, com destino a Europa, levando os viajares Dr. Alfredo Britto e sua digna consorte, D. Júlia de Almeida Couto Britto. Acometido de intenso “spleen”, estava a caminho do Velho Mundo para tratamento de sua saúde, abalada com os últimos acontecimentos, para representar a Bahia em congresso internacional sobre tuberculose, a ser realizado em Paris, no mês de outubro e para visitar os institutos de ensino superior na Europa, com o objetivo de avaliar os laboratórios que seriam implantados na sua Faculdade de Medicina, que estava sendo reconstruída. “A presteza da viagem, imposta pelo meu precário estado de saúde não permitiu despedir-me pessoalmente dos collegas e amigos”, lamentava-se. Na segunda-feira, 11 de setembro de 1905, o Dr. Raymundo Nina Rodrigues, recebeu de Alfredo Britto um telegrama da cidade do Funchal, na Ilha da Madeira, transmitindo a infausta e dolorosíssima nova de haver falecido no dia 8 de setembro, D. Júlia de Almeida Couto Britto. O Diário Oficial da União, de sábado, 6 de junho de 1908, publicou o seguinte decreto: “Ministério da Justiça e Negócios Interiores – Por decreto de 4 do corrente: Foi exonerado o Dr. Alfredo Britto, do lugar de diretor da Faculdade de Medicina da Bahia. Foi nomeado: o Dr. Augusto César Vianna para o dito cargo”. Não teve a dita de inaugurar sua fantástica obra de reconstrução, concluída e entregue em 31 de janeiro de 1909 pelo engenheiro João Navarro de Andrade, que havia substituído, nos últimos períodos dos trabalhos, o engenheiro Teodoro Sampaio. No mesmo dia, o Dr. Alfredo Britto passou o cargo para o Dr. Manoel José de Araújo, vice-diretor, despediu-se dos corpos docente e discente e pessoal administrativo e dirigiu-se para a sua casa de residência, na Praça Castro Alves, número 105. Alfredo Thomé de Britto faleceu aos quarenta e três anos de idade, na Casa de Saúde do Dr. Augusto Villaça, em Itaparica, onde se encontrava em tratamento há mais de um mês. O assentamento do óbito do imortal diretor, no livro da Freguesia de São Pedro, consta como causa da morte o beribéri e no Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais, do subdistrito de São Pedro, está lavrado: infecção paratífica, complicada de beribéri edematosa, atestada pelo Dr. Heraclio Pereira de Meneses. Seu inventariante foi o Dr. Luís Pinto de Carvalho. A Congregação, em reunião de 24 de maio de 1909, onze dias após a morte do ínclito e benemérito diretor, deferiu petição de diversos alunos, dando ao grande Anfiteatro o nome de “Anfiteatro Alfredo Britto”. Em 3 de outubro de 1915, em sessão solene no Salão de Honra desta Faculdade, os emocionados circunstantes saudaram, de pé, com prolongada salva de palmas, a solene passagem do busto, em bronze, do diretor Alfredo Britto, até a sua colocação no pedestal, por iniciativa dos professores Oscar Freire de Carvalho, José Carneiro de Campos, Luís Pinto de Carvalho e do corpo administrativo da instituição.

Produções Culturais:: Memória Histórica apresentada à Faculdade de Medicina da Bahia em 1900”; “Faculdade de Medicina da Bahia – seus melhoramentos e progressos”; “Projeto de criação de Universidades no Brasil”.Revista dos Cursos; Breve noticia sobre a Faculdade para a Exposição Universal de S. Luiz.Iniciou a publicação da Revista dos Cursos da Faculdade de Medicina.

Instituições de Custódia (Mantenedoras do Acervo):: Documentos referentes à vida acadêmica no período do curso de Medicina.

Observações:: http://www.sbhm.org.br/index.asp?p=medicos_view&codigo=31Acesso em 01/07/10

Fontes de Pesquisa:: Levantamento nominal dos formados de 1812 a 2008 da Faculdade de Medicina da Bahia - UFBA.

Sumário: Alfredo Thomé de Britto