Aristides César Spínola Zama

De WEB SISMEDICOS
Revisão de 12h38min de 4 de janeiro de 2018 por Daniel Branco (Discussão | contribs)

(dif) ← Edição anterior | Revisão atual (dif) | Versão posterior → (dif)
Ir para: navegação, pesquisa

Controle:: 558

Foto::

Legenda::

Nome:: Aristides César Spínola Zama

Outros Nomes:: César Zama

Nome do Pai:: Aristide Cesare Zama

Nome da Mãe:: Rita de Sousa Spínola Soriano

Data de Nascimento: 19.11.1837

Cidade de Nascimento:: Caetité

Estado de Nascimento::

País de Nascimento:: Brasil

Data do Óbito:: 20 10.1906

Cidade do Óbito:: Salvador

Estado do Óbito::

País do Óbito:: Brasil

Última Formação Acadêmica / Especialização::

Última Instituição Acadêmica da Formação:: Faculdade de Medicina da Bahia, Universidade Federal da Bahia

Data de Conclusão:: 1858

Biografia:: Diplomado pela Faculdade de Medicina da Bahia Zama foi, médico, político, escritor brasileiro, deputado, professor e latinista . A rica família Spinola, no município de Caetité, veio a legar diversos expoentes para o Brasil, como Anísio Teixeira, Aristides Spínola, dentre outros. Tendo a D. Rita de Sousa Spínola Soriano se casado em segundas núpcias com o médico italiano Cesare Zama, natural da cidade de Faenza, região norte da Itália (que teria vindo para o Brasil junto com o colega Libero Badarò), teve com este um único filho: Aristides César Spínola Zama.Iracundo e galanteador, o médico Aristides Cesare Zama veio logo a arranjar inimigos. Mas foi um seu escravo de nome Antônio que, após um castigo, apoderou-se da arma do senhor e, quando este atendia um chamado, assassinou-o. Era o ano de 1840 e tinha César Zama dois anos de idade. Pelo crime foi acusado um carpinteiro, de nome Fiúza, que faleceu em face das torturas recebidas no cárcere. Descoberto o verdadeiro autor, este foi enforcado pelo crime. Nesse periodo a revolta já havia se instalado na cidade e foi destruida não somente a forca, mas ainda o pelourinho. D. Rita muda-se com os filhos dos dois casamentos para as Lavras Diamantinas (Lençóis), e César Zama é enviado para estudar em Salvador. Então chega a Guerra do Paraguai. Cursando o quarto ano da Faculdade de Medicina da Bahia, Zama serve nos hospitais de sangue da Guerra do Paraguai, onde enceta a campanha para que também os quartanistas gozassem da promessa de receber o diploma, depois do serviço militar voluntário, tal como havia prometido o Imperador aos quintanistas. Foi sua primeira vitória. Nas lutas políticas César Zama torna-se um dos deputados mais atuantes no Império. Cerra fileiras entre os abolicionistas e republicanos, em célebres debates que acendiam os ânimos, e demonstravam sua presença de espírito: Desafiado pelo deputado escravocrata mineiro Valadares, que repudiava seus argumentos em prol da abolição, dizendo-lhe: "Vossa Excelência é médico, então fala com a jurisprudência da medicina", Zama respondeu: "Não. Falo com a jurisprudência do Cristo, que pregava serem todos os homens iguais, e como quem tem no escravo um seu semelhante". É Proclamada a República, e sendo o Presidente do Brasil Marechal Floriano atua despoticamente sendo confrontado diversas vezes por Zama. Torna-se, por conta disto, ferrenho adversário de Rui Barbosa, a quem denuncia como o grande responsável por crimes contra a nação e povo brasileiro, a exemplo do encilhamento, do voto censitário e da Guerra de Canudos. Passa a freqüentar o Congresso fardado, pois conquistara a patente de coronel - e assim confrontar aquele que passou à História do Brasil como o "General de Ferro". A inimizade de Rui valeu-lhe bem mais que o discurso "O Jogador", ou a "Resposta a César Zama", bem como a referência irônica de Machado de Assis, solidário a Rui: este transformou a eleição para o Senado, a que concorria, e de Zama para a Câmara, em verdadeiro plebiscito, forçando a Bahia a optar entre os dois. Venceu aquele que veio a se tornar o grande nome do Direito no Brasil Antes disto, em 1894, Zama fizera o povo da Capital Baiana cercar a residência do Governador José Gonçalves da Silva, nomeado pela ditadura que se instalara com a República - pois este emprestara seu apoio ao fechamento do Congresso. Após verdadeira batalha, Gonçalves renuncia, e a ditadura recrudesce. Afastado de seu mandato, dedica-se o tribuno à pena. Escreve em jornais da Bahia e do Rio de Janeiro, quer para lecionar o latim, quer para expressar suas denúncias. Foi assim que, já sem mandato, publica o volume Libelo Republicano acompanhado de comentários sobre a campanha de Canudos o primeiro livro no Brasil a denunciar o massacre da Guerra de Canudos como "o requinte da perversidade humana", uma guerra onde a instituição criada para defender o povo brasileiro era enviada para assassinar este mesmo povo - como descreve. Publicado em 1899, menos de um ano após o término das batalhas contra o Conselheiro, ali também reúne escritos contra os desmandos que Rui Barbosa capitaneava à frente da economia, além de outros desvios que então se praticavam Mas foi como historiador que Zama teve maior reconhecimento. Desta sua faceta, declarou Pedro Celestino da Silva, que tinha "intuição do passado". Suas principais

Produções Culturais:: Libelo Republicano - acompanhado de comentários sobre a campanha de Canudos.Os Três Grandes Oradores da Antiguidade. Os Três Grandes Capitães da Antiguidade. Teresina - ficção 1848Palmira ou A ceguinha brasileira - ficção 1849Moema de Paraguaçu - poesia 1860

Instituições de Custódia (Mantenedoras do Acervo):: Documentos referentes à vida acadêmica no período do curso de Medicina.

Observações:: Link que solicita consulta e sugestões acerca das informações do levantamento publicado pela Faculdade de Medicina da Bahia, UFBA:http://www.fameb.ufba.br/index.php?option=com_content&view=article&id=136:lista-de-formados-consultas-e-sugestoes&catid=58:noticiascompletas&Itemid=157Acesso em 03 de março de 2009.

Fontes de Pesquisa:: Levantamento nominal dos formados de 1812 a 2008 da Faculdade de Medicina da Bahia - UFBA. http://www.fameb.ufba.br/dmdocuments/formadosfmb1812a2007.pdf Acesso em 03 de março de 2009.

Sumário: Aristides César Spínola Zama