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Fernando Napoleão Augusto de Alencar
Biog Diplomado pela Faculdade de Medicina da Ba
Diplomado pela Faculdade de Medicina da Bahia, Universidade Federal da Bahia. Médico, abolicionista, poeta, escritor, teatrólogo, articulista e orador, Fernando Alencar militou nas fileiras espiritistas, dando voluntariosa colaboração.Nasceu Fernando de Alencar em Fortaleza, era primo de José de Alencar, que foi seu padrinho de batismo, e parente de Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti.Seu nome completo era Fernando Napoleão Augusto de Alencar, devido à fantasia paterna (admirador da França). Fez com brilhantismo o curso de humanidades em Fortaleza, sendo após mandado para Salvador, na Bahia, em cuja Faculdade de Medicina se matriculou, doutorandose a 18 de dezembro de 1880, como notável acadêmico. Foi escolhido o orador de sua turma em razão de seus dotes literários e tribunícios. Era republicano entusiasta e abolicionista ardente desde as épocas da faculdade de medicina.Depois de formado foi acometido de uma doença conhecida como "béri-béri", indo morar no Rio de Janeiro, juntamente com seu irmão Carlos de Alencar (major do Exército). Por força da moléstia, transferiu-se para Minas Gerais procurando o clima ameno, tentando restabelecer-se quando então se tornou médico da Estrada de Ferro D. Pedro II, tendo sob seus cuidados numerosa turma de trabalhadores do "avançamento", então nas proximidades de Carandaí-MG.Curado, graças ao clima benéfico das montanhas, foi chamado para atender um doente na "Fazenda da Conquista", nas proximidades de Carandaí, de propriedade de Antônio Augusto da Cunha. Tendo-se enamorado de uma das filhas deste, Emília, com a qual se casou passado algum tempo, deixou então o serviço da Pedro II para entregar-se à clínica particular, indo residir na vila de João Gomes, que seria alguns anos mais tarde a cidade de Palmira, hoje Santos Dumont. Homem moral e intelectualmente bem dotado, teve uma vida cheia de trabalhos, sofrimentos e ilusões desfeitas, em luta constante com um meio atrasado e hostil, que não podia compreendê-lo e tudo devia negar-lhe. Não ficou muito tempo em nenhuma das numerosas localidades mineiras onde residiu, entre elas: Barbacena, Ilhéus (São José de Ilhéus - vila que pertencia à freguesia de Ibertioga), Ibertioga, Carandaí, Sabará, Queluz, Cristiano Otoni, Patos, Dores do Indaiá, Henrique Galvão (Divinópolis), Carmo da Mata, Itapecerica e finalmente Sete Lagoas, onde desencarnou.Espírito independente usava a pena e a fala para deblaterar contra a escravidão nos últimos anos do Império e nos primeiros anos da República, clamando com vigor que não era aquele o governo com que sonhara...Caráter altivo, incapaz de transigências que maculassem a pureza das suas idéias liberais, foi um inadaptado à vida provinciana e daí a circunstância de não morar nunca mais de dois ou três anos em qualquer dos lugares para onde o levava o destino. Longos e fundos foram os seus sofrimentos morais, que bem cedo (aos 53 anos incompletos) levaram seu corpo à sepultura.Médico extraordinário, somente com a ascultação, sem auxílio de qualquer instrumento, era capaz de fazer diagnósticos seguros (tinha somente um termômetro e um "fórceps"). Dedicou-se às doenças infecciosas e à obstetrícia. Talvez tivesse feito fortuna num grande centro, mas no interior de Minas Gerais sempre lutou com a pobreza, clinicando entre gente humilde, contentando-se com o pouco que auferia e ainda ajudando seus pacientes, muitas vezes, com a consulta, o remédio e a dieta...Contudo, desencarnou na miséria por não ter sido nem ambicioso, nem avarento. Era, ao contrário, desprendido e até imprevidente. Tinha 5 filhos e deixou-os, juntamente com a viúva, sem sequer um teto onde pudessem se abrigar e sem o necessário para sobreviverem por um mês. Nada obstante, sua família conseguiu, com trabalho honesto, superar as dificuldades com que se viram a braços inopinadamente.Falava de improviso, seguindo a inspiração do momento, invariavelmente arrebatada e bela, empolgando o auditório pelas imagens atrevidas e brilhantes que se sucediam. Era orador entusiasta, lírico e romântico, sem ser oco ou vulgar, sempre com idealismo, usando a palavra a serviço da Abolição e da República, sem jamais almejar cargos públicos ou honrarias de qualquer espécie. Falava o que sentia e sentia o que falava, com uma sinceridade absoluta, sem medir as conseqüências de suas opiniões. Bem cedo se desiludiu dos homens públicos de seu tempo. Participou ativamente da campanha civilista, apoiando Rui Barbosa, mas não chegou a assistir às eleições e ao esbulho sofrido por este que foi rejeitado pelos políticos profissionais.Era poeta e, desde estudante, começou a versejar. Admirava Castro Alves, Victor Hugo e Euclides da Cunha. Apoiado por Francisco de Castro, seu contemporâneo e amigo na Faculdade, prosseguiu como poeta e romancista, Tornou-se espírita dedicado quando, por ocasião do óbito de sua mãe, esta apareceu para ele dando-lhe a notícia. Semanas depois, chegou uma carta de Fortaleza, com tarja preta, confirmando a notícia da morte no mesmo dia e horário em que houve a aparição. Antes de abrir a carta, ele afirmara que se tratava da notícia da morte de sua mãe.Assim, seu espírito inquieto fez com que buscasse informações para explicação do fenômeno e encontrou no Espiritismo as respostas, tornandose divulgador entusiasta da Doutrina Espírita, publicando artigos e poemas no "Reformador", em "O Espírita Mineiro" e em diversos jornais de Minas. Fazia palestras e falou como orador na fundação da "Federação Espírita Mineira" em 1908, na Assembléia Legislativa, em Belo Horizonte. Era amigo e correspondente de Leopoldo Cirne e outros espíritas ligados à Federação Espírita Brasileira. A pedido de Leopoldo, através de correspondência guardada pela família, Fernando de Alencar analisou as obras de Léon Denis, dando parecer favorável à publicação das referidas obras através da FEB.Membro da maçonaria, teve intensa atividade naquela sociedade.Seu invólucro carnal teve seu último pouso em Sete Lagoas onde contou com as vibrações de solidariedade e apreço de maçons e espíritas de seu tempo.Deixaria legado importante a seus descendentes no ideal cristão, sendo seu bisneto, Luciano Alencar da Cunha, figura atuante no Movimento Espírita, na cidade de Barbacena - Minas.Do plano espiritual, ainda não se têm notícias de suas atividades no outro lado da Vida.Fonte:(1) Revista da Academia Mineira de Letras - BHTexto original de Gilberto de Alencar (filho do biografado);(2) Luciano Alencar da Cunha - Barbacena Minas.Fonte: "O Espírita Mineiro" - MARÇO/ABRIL - 2006Disponível em: http://www.uemmg.org.br/list.noticia.php/origem/1/noticia/155/titulo/Fernando_Alencar . Acessado em: 06 de Janeiro de 2009.
ncar . Acessado em: 06 de Janeiro de 2009.  +
Cidnasc Fortaleza  +
Controle 673  +
Dtconc 1880  +
Dtnasc março 31, 1857  +
Dtobito dezembro 31, 1969  +
Estnasc Ceará  +
Fontpesq Levantamento nominal dos formados de 1812 a 2008 da Faculdade de Medicina da Bahia - UFBA. http://www.fameb.ufba.br/dmdocuments/formadosfmb1812a2007.pdf Acesso em 03 de março de 2009.  +
Instcust Documentos referentes à vida acadêmica no período do curso de Medicina.  +
Nome Fernando Napoleão Augusto de Alencar +
Nomemae Josefa Cavalcanti de Moura  +
Nomepai Clérigo Carlos Peixoto de Alencar  +
Obs Link que solicita consulta e sugestões ace
Link que solicita consulta e sugestões acerca das informações do levantamento publicado pela Faculdade de Medicina da Bahia, UFBA:http://www.fameb.ufba.br/index.php?option=com_content&view=article&id=136:lista-de-formados-consultas-e-sugestoes&catid=58:noticiascompletas&Itemid=157Acesso em 03 de março de 2009.
p;Itemid=157Acesso em 03 de março de 2009.  +
Paisnasc Brasil  +
Prodcult "Celestina" em 1885; em 1893, "Pálidas"; "
"Celestina" em 1885; em 1893, "Pálidas"; "Samuel, o apóstata" em 1900; "Heroína", em 1904; depois os cadernos "Brindes" e "Poesias Diversas", coletâneas de publicações em diversos jornais de Minas. As peças: "Tempestades Morais"; "Bolívar"; "O Poeta Louco"; "O Castigo de uma Vaidade" e "O Herói Insurgente".
go de uma Vaidade" e "O Herói Insurgente".  +
Ultinstacadforma Faculdade de Medicina da Bahia, Universidade Federal da Bahia  +
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Fernando Napoleão Augusto de Alencar +
Categorias Medicos
Modification date
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14:54:48, 25 janeiro 2020  +
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