Alício Peltier de Queiroz
Controle:: 813
Foto::
Legenda::
Nome:: Alício Peltier de Queiroz
Outros Nomes::
Nome do Pai:: Eunápio Rosa de Queiroz
Nome da Mãe:: Eugênia Peltier de Queiroz
Data de Nascimento: 29.07.1906
Cidade de Nascimento:: Valença
Estado de Nascimento::
País de Nascimento:: Brasil
Data do Óbito:: 09.06.2003
Cidade do Óbito::
Estado do Óbito::
País do Óbito::
Última Formação Acadêmica / Especialização::
Última Instituição Acadêmica da Formação:: Faculdade de Medicina da Bahia, Universidade Federal da Bahia
Data de Conclusão:: 1927
Biografia:: Diplomado pela Faculdade de Medicina da Bahia, após completar em Valença os seus estudos preliminares, transferiu-se para Salvador, onde cursou os estudos preparatórios. Concluiu o curso na referida faculdade, com a tese Breves Considerações sobre a Physiologia da Puberdade na Mulher, numa turma de notáveis no magistério e na prática médica na Bahia, da qual fizeram parte os professores Hosanah Oliveira, Jorge Valente, José Silveira, Thales de Azevêdo e o Dr. Diógenes Vinhaes, pai de sua futura colaboradora Professora Lycia Adelaide Junquilho Vinhaes. Após a formatura, por circunstâncias pessoais, mudou-se para Vitória do Espírito Santo, onde durante alguns anos exerceu a medicina, a cirurgia, a ginecologia e a obstetrícia, como era o comum naquela época. Uma vez retornado a Salvador, uniu-se pelo matrimônio a senhora Luzia Queiroz, com quem teve uma filha, Maria de Lourdes, já falecida, que após o casamento foi residir em Maringá, no Paraná, e lhe deu quatro netos, três homens e uma mulher. Mudou-se para Itabuna, onde prosseguiu sua prática médica e onde experimentou grande sucesso, mesmo enfrentando as naturais dificuldades de uma cidade isolada no interior da Bahia naquela época. Montou uma casa de saúde, onde cuidava dos seus pacientes e operava praticamente de tudo, estudava ininterruptamente e desdobravam-se em trabalhos de observação clínica, alguns dos quais publicou em revistas médicas. Alem disso, durante muitos anos, publicou os Annais da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Itabuna, publicados pela Sociedade de Medicina e Cirurgia de Itabuna, fundada em 1º de Dezembro de 1935, onde relatava as suas observações próprias e de colegas, fato inédito em cidade do interior da Bahia. Essa trajetória foi parcialmente conturbada pelo falecimento da esposa, o que, contudo, não lhe arrefeceu o ânimo. Em 1935 casou-se novamente com distinta senhorita da sociedade itabunense, Maria Dalva Soares, culta senhora que se mantém surpreendentemente informada, atualizada, politizada, lúcida e em perfeita saúde, no esplendor dos seus 92 anos. Deste casamento nasceram duas filhas, Alba Regina, falecida, sem filhos, e Heloísa, que lhe deu dois netos, Alicio José e Heloísa, do matrimônio com o falecido colega Carlos Alberto da Costa Pinto Dantas, que foi professor adjunto de Obstetrícia, com atividade na Maternidade Climério de Oliveira, onde fez importantes pesquisas na área da reprodução humana. Em 1945, movido pelo insaciável desejo de partilhar seus conhecimentos e de pôr todo o seu potencial a serviço da ciência, inscreveu-se no concurso para o provimento da Cátedra de Ginecologia da Faculdade de Medicina da Bahia, que fora ocupada pelo ilustre professor Aristides Pereira Maltez, em que teve como concorrentes os doutores Antônio Maltez e José Adeodato de Souza Filho, futuro Professor Catedrático de Obstetrícia. Realizado o concurso, depois de diversos adiamentos, mesmo não sendo o preferido da situação, sagrou-se vencedor com tão brilhante atuação que tornou inconteste o resultado. A partir daí começou a formar a equipe que o acompanhou durante muitos anos, da qual fizeram parte inicialmente os professores João Costa Filho, Jair Francisco Burgos, Hugo da Silva Maia, Geilza Cravo Batinga, e depois Adelmo Maurício Botto de Barros, Maria de Lourdes Rocha Santos, Lycia Vinhaes, Carlos Alberto da Costa Pinto Dantas, com os quais criou e implantou a imponente Escola de Ginecologia Paralelamente ao magistério, o Professor Alicio desenvolveu uma concorrida clínica particular, composta de novas pacientes de Salvador e de antigas clientes de Itabuna, que dificilmente o deixavam. Depois de compulsoriamente aposentado da Faculdade de Medicina da Bahia em 1976, continuou exercendo atividades em sua clínica privada e no Hospital Jorge Valente, atendendo justo convite do então diretor Jorge Valente Filho, até que o insucesso de uma cirurgia de catarata lhe retirou a capacidade de atuação. Viveu os últimos anos um tanto recluso, atendendo a poucos convites para participação em eventos e homenagens. Em 1987, o Professor Alicio recebeu expressiva honraria, com a inauguração do seu retrato na Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, para onde se deslocou acompanhado de grande comitiva de auxiliares e alunos. Após a sua aposentadoria, foram-lhe prestadas diversas homenagens, algumas no desempenho das minhas atividades acadêmicas, profissionais e associativas. A primeira, em 1986, quando completou 80 anos, em que a data do seu aniversário caiu exatamente numa 3ª feira, dia histórico da sessão clínica de Ginecologia, por ele instituída, quando todo o corpo docente, depois de concorrida homenagem na sala de aulas, em que lhe fiz o discurso de saudação, inaugurou o seu retrato e uma placa comemorativa na sala da chefia da clínica, no segundo andar, com os seguintes dizeres: Mestre e Modelo de incontáveis gerações de ginecologistas. Tanto um quanto a outra permanecem no mesmo local, como lembrete para as gerações futuras do grande homem que dirigiu por tantos anos o destino da ginecologia baiana. Em novembro de 1993, ao término dos meus quatro anos de mandato como presidente da Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO
Produções Culturais::
Instituições de Custódia (Mantenedoras do Acervo):: Documentos referentes à vida acadêmica no período do curso de Medicina.
Fontes de Pesquisa:: Levantamento nominal dos formados de 1812 a 2008 da Faculdade de Medicina da Bahia - UFBA.
Sumário: Alício Peltier de Queiroz