Antônio Carlos Peixoto de Magalhães

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Legenda::

Nome:: Antônio Carlos Peixoto de Magalhães

Outros Nomes:: ACM

Nome do Pai:: Francisco Peixoto de Magalhães Neto

Nome da Mãe:: Helena Celestina de Magalhães

Data de Nascimento: 1927/09/04

Cidade de Nascimento:: Salvador

Estado de Nascimento:: Bahia

País de Nascimento:: Brasil

Data do Óbito:: 2007/07/20

Cidade do Óbito:: São Paulo

Estado do Óbito:: São Paulo

País do Óbito:: Brasil

Última Formação Acadêmica / Especialização:: Médico e político

Última Instituição Acadêmica da Formação:: Faculdade de Medicina da Bahia, Universidade Federal da Bahia

Data de Conclusão:: 1952/12/31

Biografia:: Diplomado pela Faculdade de Medicina da Bahia Antonio Carlos Magalhães, também conhecido por suas iniciais, ACM, foi um dos políticos mais influentes do país entre a década de 1960 e os cinco primeiros anos do século 21. Seu poder ultrapassou as fronteiras da Bahia, Estado de seu nascimento, que governou em três oportunidades, e por onde se elegeu para o Congresso Nacional. ACM começou a carreira política como deputada estadual, em 1954, pela União Democrática Nacional (UDN). Foi eleito deputado federal em 1958/1962. Apoiou o golpe militar de 1964 e, dois anos depois, foi reeleito deputado federal pela Arena (Aliança Renovadora Nacional). Em1967 foi nomeado prefeito de Salvador. Realizou obras de modernização na cidade, o que fez crescer a sua importância política. ACM atuou durante a fase do Milagre econômico. A Bahia entrou em um processo acelerado de industrialização, com a instalação, em Camaçari, do Pólo Petroquímico. Na Capital, Salvador, governada por um fiel aliado (Clériston Andrade), ACM realiza obras de grande impacto, abrindo as chamadas "avenidas de vale", modernizando o tráfego da cidade e driblando sua topografia acidentada da parte velha. Também no turismo de Salvador deu um importante salto: de 400 apartamentos em 1970, passou para 2400 ao fim de sua administração. No primeiro governo foi eleito por via indireta - em plena Ditadura Militar - pelos deputados estaduais, ACM representava a ARENA (partido do Regime) e vinha de uma administração da Prefeitura da Capital onde arregimentara poderes que o capacitaram a receber o apoio total do sistema. Tomou posse a 15 de março de 1971, e o carlismo - então uma força restrita à capital - ganha todo o Estado. No segundo governo tomou posse a 15 de março de 1979, sucedendo a Roberto Santos - numa continuidade clara da primeira administração. No terceiro governo, com a renúncia do governador Waldir Pires em 14 de maio de 1989, ACM chamou novamente a si a tarefa de disputar o cargo máximo do estado. Pela primeira vez disputando um pleito direto, já dono de vasta rede de telecomunicações, tem como seu adversário o ex-afilhado Roberto Santos. A oposição é derrotada e ACM reconquista o poder ainda no primeiro turno. À frente do governo estadual também se destacou por imprimir maior dinamismo à administração pública, com o que ganhou cada vez mais prestígio. Soube valorizar o patrimônio histórico e cultural da Bahia usando-o tanto em benefício do Estado, quanto de seu grupo político. Por sinal, consolidou seu poderio local de tal modo, que ficou conhecido como uma espécie de "rei" da Bahia. Para isso, foi decisiva sua ruptura com os governos militares. Foi um dos membros da dissidência que deu origem ao Partido da Frente Liberal (PFL, atualmente Democratas - DEM). Assim projetou-se na vida política nacional, da qual já era uma influência decisiva. Em janeiro de 1985, o PFL apoiou a eleição à presidência da República de Tancredo Neves, que marcou o fim do regime militar. Em virtude da morte inesperada de Tancredo, o vice José Sarney assumiu a presidência e ACM tornou-se ministro das Telecomunicações, tendo sido o mais poderoso ministro civil dessa gestão. Eleito senador pela Bahia, ACM presidiu o Senado e o Congresso entre 1997/2001. Naquele ano, porém, teve o seu nome envolvido em um caso de fraude no painel de votação do Senado e renunciou ao mandato, disposto a retornar nas eleições do ano seguinte, o que realmente aconteceu. Com sua influência, contribuiu ainda para a eleição de Paulo Souto ao governo da Bahia, e de Antonio Carlos Magalhães Neto à Câmara Federal. Em 2004, o candidato que recebeu seu apoio a prefeito de Salvador, o ex-governador e senador César Borges, foi derrotado pela oposição, que elegeu João Henrique Carneiro como prefeito. Nas eleições de 2006, seu candidato ao governo estadual baiano perdeu, para o petista Jaques Wagner. No projeto político de ACM, esteve à possibilidade de eleger seu filho, o deputado federal Luís Eduardo de Magalhães, à presidência da República. Contudo, aos 43 anos, Luís Eduardo foi vítima de um infarto. Tratou-se de um dos maiores reveses da vida do senador. Mesmo assim, ele conseguiu se recuperar e tentou fazer do neto, que também se elegeu deputado federal, seu herdeiro político. Com problemas cardíacos, o senador Antônio Carlos Magalhães foi internado no Instituto do Coração em São Paulo, onde faleceu de falência múltipla dos órgãos, aos 79 anos. Até o final de sua legislatura, que se encerra no ano de 2011, será substituído por seu filho, Antônio Carlos Magalhães Júnior, que assume a vaga de senador como suplente.

Produções Culturais::

Instituições de Custódia (Mantenedoras do Acervo):: Instituto ACM - http://www.institutoacm.com.br/; Faculdade de Medicina da Bahia, Universidade Federal da Bahia - Documentos referentes à vida acadêmica no período do curso de Medicina.

Observações:: Seu filho, Antônio Carlos Magalhães Júnior, é presidente da Rede Bahia, que engloba diversas empresas do estado, principalmente de comunicação. São algumas delas: Correio da Bahia (Jornal) Globo FM (Rádio FM em Salvador) Gráfica Santa Helena iContent (Produtora) iBahia.com (Portal de Internet) Construtora Santa Helena TV Bahia (afiliada da Rede Globo em Salvador e região)

Fontes de Pesquisa:: Levantamento nominal dos formados de 1812 a 2008 da Faculdade de Medicina da Bahia - UFBA. Acesso em 03 de março de 2009

Sumário: Antônio Carlos Peixoto de Magalhães