Cypriano Barbosa Betanio

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Legenda::

Nome:: Cypriano Barbosa Betanio

Outros Nomes:: CIPRIANO BETÂMIO

Nome do Pai:: Jerônimo Barbosa Betâmio

Nome da Mãe:: Cristódia Maria Pires

Data de Nascimento: 03.03.1818

Cidade de Nascimento:: Salvador

Estado de Nascimento::

País de Nascimento:: Brasil

Data do Óbito:: 05.09.1855

Cidade do Óbito:: Santo Amaro

Estado do Óbito::

País do Óbito:: Brasil

Última Formação Acadêmica / Especialização:: Médico Clínico

Última Instituição Acadêmica da Formação::

Data de Conclusão:: 1847

Biografia:: Diplomado pela Faculdade de Medicina da Bahia. Exercendo a clínica como modesto profissional, e dirigiu um pequeno colégio, até 1855.Em agosto daquele ano, irrompeu no Brasil, grave epidemia de cólera morbus, a qual se alastrou rapidamente por quase todas as províncias do país. Na Bahia, a situação mais grave era a de Santo Amaro da Purificação. “Serpenteando a capital, andando pelo sertão, pelo Recôncavo, pelo interior, a epidemia em pouco se alastrou, de modo a tornar temerosos todos os ânimos, todas as almas aflitas” (Sá). O governo tomou as providências cabíveis, mas a terrível doença, em meados de agosto, ameaçava de extinção Santo Amaro e redondezas.O pânico dominou todos os habitantes. Os médicos negaram seus serviços, as autoridades desertaram seus postos, os escravos fugiram apavorados, os engenhos de açúcar fecharam suas portas, os maridos largaram as mulheres, os pais abandonaram os filhos e os cadáveres, às centenas, ficaram amontoados nas ruas. Ao tomar saber do sofrimento daquele povo preso ao pavor coletivo, apresentou-se espontaneamente ao presidente da província, para prestar seus serviços profissionais, o Dr. Cipriano Betâmio, médico que não exercia nenhuma função pública. Ao comparecer diante do presidente, disse: “Senhor Presidente, fique certo que vou trabalhar sem descanso, vou tomar a dianteira dos trabalhos mais arriscados; não me lembrarei de minha vida, nado exijo em recompensa de meus sacrifícios, se o puder vencer, mas se sucumbir, V. Exa. e o governo olhe para meus filhos” (Ibidem). Nomeado, seguiu Betâmio a 29 de agosto para Santo Amaro, acompanhado de dois colegas. Ao despedir-se de sua esposa e filhos, Cipriano, exclamou emocionado: “Felismina, até a volta, se não for torta!” No dia seguinte à sua chegada, tomou a jurisdição policial da cidade e, com apenas três escravos, iniciou a exumação de, aproximadamente, trezentos cadáveres, amontoados nas ruas da cidade. A luta contra a cólera continuou do amanhecer ao por do sol. Os recursos eram mínimos; a higiene, precária; a água, quase não existia; os mortos, incontáveis; comércio, fechado; a cidade, despovoada. Afinal, depois de uma semana de luta terrível, faleceu em Santo Amaro, às quatro e meia da tarde. Cumprida a sua colheita, a cólera havia ceifado mais de quarenta mil baianos, dos quais cinco mil, em Santo Amaro! O Imperador concedeu, para a viúva e filhos, uma pensão anual de um conto e seiscentos mil reis.

Produções Culturais::

Instituições de Custódia (Mantenedoras do Acervo)::

Observações:: http://medicosilustresdabahia.blogspot.com/2011/01/cipriano-barboza-betamio-cipriano.html

Fontes de Pesquisa:: Levantamento nominal dos formados de 1812 a 2008 da Faculdade de Medicina da Bahia - UFBA.

Sumário: Cypriano Barbosa Betanio