Fernando Gonçalves Namora

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Legenda::

Nome:: Fernando Gonçalves Namora

Outros Nomes::

Nome do Pai:: António Mendes Namora

Nome da Mãe:: Albertina Augusta Gonçalves Namora

Data de Nascimento: 1919/04/15

Cidade de Nascimento:: Condeixa-a-Nova

Estado de Nascimento::

País de Nascimento:: Portugal

Data do Óbito:: 1989/01/31

Cidade do Óbito:: Lisboa

Estado do Óbito::

País do Óbito:: Portugal

Última Formação Acadêmica / Especialização:: Clínica

Última Instituição Acadêmica da Formação::

Data de Conclusão:: 1942

Biografia:: Licenciado pela Universidade de Coimbra. Romancista, ensaísta, poeta – e também pintor – devem-se a Fernando Namora páginas nas quais se perfazem estas múltiplas vocações pessoais, pois que a sua ficção guarda em quase toda ela uma reflexão individual mas solidária com o homem complexo período que viveu e participou. Foi, porém, sempre um sentimento de comunhão humana que sobretudo o motivou sem que, no entanto, em todas as páginas dos seus livros (inclusive na crónica, que no último quartel da vida também cultivou) não deixe de reflectir-se, como nos seus romances, uma visão plástica das paisagens, como que a ilustrarem literariamente imagens e costumes. A obra tão diversificada não são alheias reflexões sobre ideias e comportamentos individuais ou colectivos e por isso ela é, também, um produto de simultâneos olhares que sendo coerentes com uma séria linha vertical, que era a do autor, de certo modo reflectem uma personalidade simultaneamente atenta, porque desperta e sensível, e preocupada com os grandes problemas individuais e colectivos do seu tempo, Esta evidente preocupação do autor esteve na origem da primeira fase da sua obra, ou antes: marcou-a mais do que às restantes, embora, como atrás se disse, desta não estivesse ausente. Há, porém, no conjunto de uma vasta obra, sobretudo se catalogada, digamos assim, à distância, várias matrizes temáticas que não deixam de estar, directa ou indirectamente presentes no conjunto da sua vasta produção literária. Serão elas, rapidamente enunciadas e sem qualquer preocupação de estudo crítico que o espaço não comporta (e que, aliás, têm sido já várias vezes referidas), a presença dos meios rústicos da sua origem e de vasta vivência pessoal, embora Coimbra primeiro e Lisboa pela vida fora também despertado a atenção, muitas vezes dorida, outras magoada e sempre reflexiva, e a sua carreira profissional de médico, da qual nunca esteve totalmente afastado, pelos interesses profissionais, pelo seu trabalho com Francisco Gentil, no Instituto Português de Oncologia, e pela colaboração duradoura que prestou a uma fábrica de produtos farmacêuticos. Pode dizer-se que essas experiências pessoais lhe foram indesligáveis e proveitosas para a construção de uma extensa obra na qual o homem, como tal, foi sempre tema de investigação e de análise. O homem-indivíduo e o homem-social. O homem-português, do campo e da cidade, numa época, é bom lembrar, na qual era muito menor a possibilidade de observação directa e muito maiores as diferenças culturais e de educação, do que hoje. O que só acrescenta ao mérito intrínseco dos milhares de páginas que nos legou e que, até por isso, são um painel de uma época e um documento.O conjunto da obra de Namora, visto à perspectiva do tempo e dos factos que ela, directa ou indirectamente comporta, é um painel de uma época e o produto de várias e ricas contradições interiores, postas em termos simultaneamente confessionais e narrativos. Foram-lhe atribuídos os seguintes prémios literários: “Mestre António Augusto Gonçalves”, em 1938; “Almeida Garrett, em 1938, 1939; “António Nobre”, 1939. Romancista, poeta e pintor.MACHADO, Álvaro Manuel. Org. Dicionário de literatura portuguesa. Lisboa: Editorial Presença, 1996. p. 331-332.

Produções Culturais:: Relevos (poesia). Mar de sargaços (poesia). Terra (poesia). As sete partidas do mundo (romance). Casa da Malta (romance). A noite e a madrugada (romance). Arnaldo Gama (ensaio). Cidade solitária. Os adoradores do sol. Aquilino Ribeiro. Cabeças de barro. Cavalgada cinzenta. Os Clandestinos. Deuses e demónios da Medicina. Diálogo em setembro. Domingo à Tarde. Esboço histórico do neorealismo. Estamos no vento. O homem disfarçado. Jornal sem data. Markenting (poesia). A nave de pedra. Nome para uma casa. A piedosa oferenda. Resposta a Matilde. Retalhos da vida de um médico. Rio triste. Sentados na relva. Um sino na montanha. O trigo e o joio. URSS – bem-amada, mal-amada. Autobiografia. Ferreira de Castro – o homem, o escritor. As frias madrugadas. Tolstoi por ele próprio.

Instituições de Custódia (Mantenedoras do Acervo)::

Observações::

Fontes de Pesquisa::

Sumário: Fernando Gonçalves Namora